terça-feira, 24 de junho de 2014

¨O Modelo dos Modelos¨- Ítalo Calvino.

O texto de Ítalo Calvino -¨¨ O modelo dos Modelos¨,nos faz refletir que não há modelos homogêneos e/ou padronizados que se adequam ao ser humano.
Ao longo do curso de Atendimento Educacional Especializado -AEE discutimos exaustivamente essas questões, onde cada aluno é ímpar em suas necessidades e habilidades.
Um dos papéis do Professor do Atendimento Educacional Especializado é contribuir na desconstrução e quebra de paradigmas a respeito da aprendizagem do aluno com deficiência.
Elaboramos vários Planos  de AEE, de acordo com as necessidades de cada aluno e corroboramos que cada plano é único e se adapta para aquele aluno ,não sendo portanto indicado para outro.
O Professor do AEE deve deve realizar junto com  a Equipe Escolar estudo de caso através da apresentação;esclarecimento; identificação da natureza; resolução do problema para depois efetivar a elaboração do plano de atendimento e necessidades do aluno.
O plano individual considera a pessoa (aluno), antes da deficiência ,buscando eliminar barreiras que interferem no seu processo de aprender.Busca também organizar e disponibilizar recursos e serviços pedagógicos e de acessibilidade para o atendimento ás necessidades educacionais específicas.
A construção e/ou elaboração deste ocorre através de parcerias intersetoriais; família; com o professor da sala de aula regular etc...,ou seja, nunca isolado.
Para a aprendizagem dos alunos com deficiência se faz necessário flexibilização e não existe receita ¨pronta¨ou modelo padrão.          

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Recursos e estratégias em baixa tecnologia para aluno com TGD em seu desenvolvimento

1.Título da Atividade: Pranchas de Comunicação

2. Público a que se destina: Aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

3. Idade: para alunos que estão chegando na Escola

4. Local de utilização: sala de aula e  AEE


Sim e Não












Higiene Pessoal

5. A Comunicação Humana é uma das práticas culturais mais significantes e fundamentais dos seres humanos , assim quando seres humanos interagem em um processo de comunicação,envolvem-se ativamente na construção de significados e sentidos (Tomasello 2003).
Percebe-se que nos casos de TEA há falhas na interação nos sujeitos, causando déficits de comunicação, com isso a importância do uso das pranchas de comunicação , como uma tecnologia que promove a inclusão.
Para os alunos com TEA que estão ingressando na Escola se faz necessário o acolhimento e a comunicação, para que possa ser repassado ao aluno o cotidiano escolar; entender suas necessidades; inclusão dele num meio social mais amplo e desconhecido,etc....Para tal as pranchas de comunicação são recursos visuais de apoio que deve ser usado desde o início, se a criança não tem o habito anterior de utilizá-las. 
Pode-se iniciar com as pranchas de  Sim ou Não, necessidades de higiene pessoal , lugares da Escola, sequencia da rotina escolar,etc...conforme o aluno adquira a habilidade de utilizar-se dos símbolos e representações,vai sendo ampliada .
O uso das pranchas  deve ser socializado para a classe(turma) que a usará como forma de comunicação, bem como com todas as pessoas que interagem com o aluno .

6. Intervenções do professor do AEE: O Professor deverá auxiliar na construção das pranchas, em parceria com o professor da sala de aula, conforme a necessidade do aluno; auxiliar na explicação para o professor e alunos  das sala como utilizar esse recurso; auxiliar o aluno com TEA na utilização das pranchas;auxiliar a família no uso do recurso;bem como   avaliar o desenvolvimento do aluno .

Fonte: www.portalassistiva.com.br
                 


















terça-feira, 15 de abril de 2014

Surdocegueira e Deficiência Múltipla

Surdocegueira: é uma única deficiência e pode ser dividida em 4 categorias:
1-      Indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos
2-      Indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos
3-      Indivíduos que se tornaram surdocegos
4-      Indivíduos que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente.

Deficiência Múltipla (DMU) :  a associação ,no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias( intelectual/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.

Necessidades básicas do surdocego e Deficiência Múltipla:
·         Usar os sentidos residuais e/ou remanescentes,provendo-os de informações sensoriais necessárias que suscitam sua curiosidade.
·         Pessoa para mediar.
·         Recursos adequados para a comunicação
·         Ambientes planejados
·         Estimular a pessoa a se comunicar
·         Adequação postural
·         Uso das mãos ,caso não tenha problemas motores graves.
·         Autonomia em deslocamentos e movimentos.
·         Aperfeiçoamento das coordenações visomotora; motora global e fina.
·         Desenvolvimento da força muscular
·         Interação com o meio ambiente.

Estratégias para a aquisição da Comunicação:
·         Estabelecimento de rotinas claras
·         Verificar em qual estágio de comunicação e suas habilidades motoras,antes da opção por um sistema.
·         Respeitar o tempo de resposta
·         Utilização da comunicação alternativa
·         Utilização da comunicação aumentativa
·         Tecnologias Assistivas
·         Adequações táteis
·         Uso de calendários
·         Caixas de antecipação
·         Uso de objetos de referência da atividade
·         Interesses individuais

·         Criar a necessidade de comunicação     

terça-feira, 11 de março de 2014

AEE para a pessoa com surdez

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO ESCOLAR- ABORDAGEM BILINGUE NA ESCOLARIZAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ.


A Construção de um caminho pedagógico para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) para pessoas com surdez numa perspectiva inclusiva, com base em princípios decorrentes de novos paradigmas, tem encontrado dificuldades para se efetivar, em virtude de problemas relacionados a decisões político-filosóficas, pedagógicas, metodológicas e de gestão e planejamento da escola brasileira.


O AEE para alunos com surdez, na perspectiva inclusiva, compreende e reconhece o potencial e as capacidades dessas pessoas, buscando o seu pleno desenvolvimento e aprendizagem.
No processo educativo a educação bilíngüe é um direito da pessoa com surdez. Decreto nº 5626, de 05 de dezembro de 2005.


Segundo Damázio (2007), o AEE envolve três momentos didático-pedagógicos:
1-     O Atendimento Educacional Especializado EM LIBRAS: fornece a base conceitual dos conteúdos curriculares desenvolvidos na sala de aula, em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), articuladamente com o professor da sala de aula.
Ocorre no horário oposto á escolarização e é um trabalho complementar em LIBRAS, ao que está sendo estudado em sala de aula.
A proposta pedagógica é possibilitar a ampliação da relação dos alunos com o conhecimento. Cabe ao professor do AEE o planejamento do atendimento, levando em consideração: acolhimento de todos os alunos; Identificação das habilidades e necessidades educacionais específicos dos alunos; parceria com os professores da sala de aula; estudo dos termos científicos das áreas especificas em LIBRAS; identificação, organização e produção de recursos didáticos acessíveis a serem utilizados para ilustrar as salas de aula comum e do AEE e realizar avaliação da aprendizagem por meio da LIBRAS.


1-     O Atendimento Educacional Especializado DE LIBRAS: o professor precisa ter conhecimento da estrutura e fluência em LIBRAS; desenvolver os conceitos em Libras de forma vivencial e elaborar recursos didáticos
O AEE deve ser planejado com base na avaliação do conhecimento que o aluno tem a respeito da Libras e realizado de acordo com o estagio de desenvolvimento da língua em que o aluno se encontra. 
O professor do AEE, após avaliação inicial, fará uma organização didática para melhor desenvolvimento do aluno com surdez.  Cabe ao professor do AEE, também, avaliar sistematicamente a aprendizagem do aluno em LIBRAS.


2-     O Atendimento Educacional Especializado DE LÍNGUA PORTUGUESA: a proposta pedagógica para ensinar português escrito para alunos com surdez, orienta-se pela concepção bilíngue – LIBRAS e PORTUGUÊS escrito. No AEE para ensino de Língua Portuguesa escrito é importante considerar: o aluno com surdez e o ato de ler; aluno com surdez e o ato de escrever; processo de letramento que perpassa  a Educação Infantil e o ciclo de alfabetização e depois o fundamental. O AEE deve ocorrer no horário oposto á sala de aula, envolver articulação entre professor do AEE (com formação em letras) e o professor da sala de aula comum. O Objetivo do atendimento do AEE é desenvolver competências linguística, bem como textual dos alunos com surdez. O atendimento do AEE para o ensino da Língua Portuguesa não utiliza a LIBRAS, e deve mediar o processo de atenção gradativa desta pelo aluno com surdez. As aulas devem ser preparadas de acordo com o estágio de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, diariamente. O ensino da Língua Portuguesa por escrito é de extrema importância para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno com surdez em sala de aula comum e na vida social.

Na perspectiva Inclusiva da Educação de pessoas com surdez, o bilingüismo que se propõe é aquela que destaca a liberdade do aluno se expressar em uma ou outra língua e de participar de um ambiente escolar que desafie seu pensamento e exercite sua capacidade perceptivo-cognitiva, suas habilidades para atuar e interagir em um mundo social que é de todos, considerando o contraditório, o ambíguo, as diferenças entre as pessoas.