O texto de Ítalo Calvino -¨¨ O modelo dos Modelos¨,nos faz refletir que não há modelos homogêneos e/ou padronizados que se adequam ao ser humano.
Ao longo do curso de Atendimento Educacional Especializado -AEE discutimos exaustivamente essas questões, onde cada aluno é ímpar em suas necessidades e habilidades.
Um dos papéis do Professor do Atendimento Educacional Especializado é contribuir na desconstrução e quebra de paradigmas a respeito da aprendizagem do aluno com deficiência.
Elaboramos vários Planos de AEE, de acordo com as necessidades de cada aluno e corroboramos que cada plano é único e se adapta para aquele aluno ,não sendo portanto indicado para outro.
O Professor do AEE deve deve realizar junto com a Equipe Escolar estudo de caso através da apresentação;esclarecimento; identificação da natureza; resolução do problema para depois efetivar a elaboração do plano de atendimento e necessidades do aluno.
O plano individual considera a pessoa (aluno), antes da deficiência ,buscando eliminar barreiras que interferem no seu processo de aprender.Busca também organizar e disponibilizar recursos e serviços pedagógicos e de acessibilidade para o atendimento ás necessidades educacionais específicas.
A construção e/ou elaboração deste ocorre através de parcerias intersetoriais; família; com o professor da sala de aula regular etc...,ou seja, nunca isolado.
Para a aprendizagem dos alunos com deficiência se faz necessário flexibilização e não existe receita ¨pronta¨ou modelo padrão.
terça-feira, 24 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Recursos e estratégias em baixa tecnologia para aluno com TGD em seu desenvolvimento
1.Título da Atividade: Pranchas de Comunicação
2. Público a que se destina: Aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
3. Idade: para alunos que estão chegando na Escola
4. Local de utilização: sala de aula e AEE
2. Público a que se destina: Aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
3. Idade: para alunos que estão chegando na Escola
4. Local de utilização: sala de aula e AEE
Sim e Não |
5. A Comunicação Humana é uma das práticas culturais mais significantes e fundamentais dos seres humanos , assim quando seres humanos interagem em um processo de comunicação,envolvem-se ativamente na construção de significados e sentidos (Tomasello 2003).
Percebe-se que nos casos de TEA há falhas na interação nos sujeitos, causando déficits de comunicação, com isso a importância do uso das pranchas de comunicação , como uma tecnologia que promove a inclusão.
Para os alunos com TEA que estão ingressando na Escola se faz necessário o acolhimento e a comunicação, para que possa ser repassado ao aluno o cotidiano escolar; entender suas necessidades; inclusão dele num meio social mais amplo e desconhecido,etc....Para tal as pranchas de comunicação são recursos visuais de apoio que deve ser usado desde o início, se a criança não tem o habito anterior de utilizá-las.
Pode-se iniciar com as pranchas de Sim ou Não, necessidades de higiene pessoal , lugares da Escola, sequencia da rotina escolar,etc...conforme o aluno adquira a habilidade de utilizar-se dos símbolos e representações,vai sendo ampliada .
O uso das pranchas deve ser socializado para a classe(turma) que a usará como forma de comunicação, bem como com todas as pessoas que interagem com o aluno .
6. Intervenções do professor do AEE: O Professor deverá auxiliar na construção das pranchas, em parceria com o professor da sala de aula, conforme a necessidade do aluno; auxiliar na explicação para o professor e alunos das sala como utilizar esse recurso; auxiliar o aluno com TEA na utilização das pranchas;auxiliar a família no uso do recurso;bem como avaliar o desenvolvimento do aluno .
Fonte: www.portalassistiva.com.br
terça-feira, 15 de abril de 2014
Surdocegueira e Deficiência Múltipla
Surdocegueira: é uma única deficiência e pode ser dividida
em 4 categorias:
1-
Indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos
2-
Indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos
3-
Indivíduos que se tornaram surdocegos
4-
Indivíduos que nasceram ou adquiriram
surdocegueira precocemente.
Deficiência Múltipla (DMU) : a associação ,no mesmo indivíduo, de duas ou
mais deficiências primárias( intelectual/visual/auditiva/física), com
comprometimentos que acarretam conseqüências no seu desenvolvimento global e na
sua capacidade adaptativa.
Necessidades básicas do surdocego e Deficiência Múltipla:
·
Usar os sentidos residuais e/ou
remanescentes,provendo-os de informações sensoriais necessárias que suscitam
sua curiosidade.
·
Pessoa para mediar.
·
Recursos adequados para a comunicação
·
Ambientes planejados
·
Estimular a pessoa a se comunicar
·
Adequação postural
·
Uso das mãos ,caso não tenha problemas motores
graves.
·
Autonomia em deslocamentos e movimentos.
·
Aperfeiçoamento das coordenações visomotora;
motora global e fina.
·
Desenvolvimento da força muscular
·
Interação com o meio ambiente.
Estratégias para a aquisição da Comunicação:
·
Estabelecimento de rotinas claras
·
Verificar em qual estágio de comunicação e suas
habilidades motoras,antes da opção por um sistema.
·
Respeitar o tempo de resposta
·
Utilização da comunicação alternativa
·
Utilização da comunicação aumentativa
·
Tecnologias Assistivas
·
Adequações táteis
·
Uso de calendários
·
Caixas de antecipação
·
Uso de objetos de referência da atividade
·
Interesses individuais
·
Criar a necessidade de comunicação
terça-feira, 11 de março de 2014
AEE para a pessoa com surdez
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA
INCLUSÃO ESCOLAR- ABORDAGEM BILINGUE NA ESCOLARIZAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ.
A Construção de um caminho pedagógico para o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) para pessoas com surdez numa perspectiva
inclusiva, com base em princípios decorrentes de novos paradigmas, tem
encontrado dificuldades para se efetivar, em virtude de problemas relacionados
a decisões político-filosóficas, pedagógicas, metodológicas e de gestão e
planejamento da escola brasileira.
O AEE para alunos com
surdez, na perspectiva inclusiva, compreende e reconhece o potencial e as
capacidades dessas pessoas, buscando o seu pleno desenvolvimento e
aprendizagem.
No processo educativo a
educação bilíngüe é um direito da pessoa com surdez. Decreto nº 5626, de 05 de
dezembro de 2005.
Segundo Damázio (2007), o
AEE envolve três momentos didático-pedagógicos:
1- O
Atendimento Educacional Especializado EM LIBRAS: fornece a base conceitual dos
conteúdos curriculares desenvolvidos na sala de aula, em LIBRAS (Língua
Brasileira de Sinais), articuladamente com o professor da sala de aula.
Ocorre
no horário oposto á escolarização e é um trabalho complementar em LIBRAS, ao
que está sendo estudado em sala de aula.
A
proposta pedagógica é possibilitar a ampliação da relação dos alunos com o
conhecimento. Cabe ao professor do AEE o planejamento do atendimento, levando
em consideração: acolhimento de todos os alunos; Identificação das habilidades
e necessidades educacionais específicos dos alunos; parceria com os professores
da sala de aula; estudo dos termos científicos das áreas especificas em LIBRAS;
identificação, organização e produção de recursos didáticos acessíveis a serem
utilizados para ilustrar as salas de aula comum e do AEE e realizar avaliação
da aprendizagem por meio da LIBRAS.
1-
O Atendimento Educacional Especializado DE
LIBRAS: o professor precisa ter conhecimento da estrutura e fluência em LIBRAS;
desenvolver os conceitos em Libras de forma vivencial e elaborar recursos
didáticos
O
AEE deve ser planejado com base na avaliação do conhecimento que o aluno tem a
respeito da Libras e realizado de acordo com o estagio de desenvolvimento da
língua em que o aluno se encontra.
O
professor do AEE, após avaliação inicial, fará uma organização didática para melhor
desenvolvimento do aluno com surdez.
Cabe ao professor do AEE, também, avaliar sistematicamente a
aprendizagem do aluno em LIBRAS.
2-
O Atendimento Educacional Especializado DE
LÍNGUA PORTUGUESA: a proposta pedagógica para ensinar português escrito para
alunos com surdez, orienta-se pela concepção bilíngue – LIBRAS e PORTUGUÊS
escrito. No AEE para ensino de Língua Portuguesa escrito é importante
considerar: o aluno com surdez e o ato de ler; aluno com surdez e o ato de
escrever; processo de letramento que perpassa a Educação Infantil e o ciclo de alfabetização
e depois o fundamental. O AEE deve ocorrer no horário oposto á sala de aula,
envolver articulação entre professor do AEE (com formação em letras) e o
professor da sala de aula comum. O Objetivo do atendimento do AEE é desenvolver
competências linguística, bem como textual dos alunos com surdez. O atendimento
do AEE para o ensino da Língua Portuguesa não utiliza a LIBRAS, e deve mediar o
processo de atenção gradativa desta pelo aluno com surdez. As aulas devem ser
preparadas de acordo com o estágio de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos,
diariamente. O ensino da Língua Portuguesa por escrito é de extrema importância
para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno com surdez em sala de aula comum
e na vida social.
Na perspectiva Inclusiva da Educação de pessoas com
surdez, o bilingüismo que se propõe é aquela que destaca a liberdade do aluno
se expressar em uma ou outra língua e de participar de um ambiente escolar que
desafie seu pensamento e exercite sua capacidade perceptivo-cognitiva, suas
habilidades para atuar e interagir em um mundo social que é de todos,
considerando o contraditório, o ambíguo, as diferenças entre as pessoas.
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